Primeira parte aqui.
Já vinha acompanhando esta série de há alguns anos a esta parte antes de esta a acabar, este ano. À semelhança de muito boa gente, fiquei extremamente desiludida com o final de How I Met Your Mother. Já houve muita gente pela Internet fora falando sobre o assunto, eu não vou dizer nada de inédito, apenas relatarei a minha experiência.
Comecei a ver How I Met You Mother pois, além de trazer ecos de Friends, o conceito de história contada oralmente, com as naturais incoerências, avanços e recuos no tempo, inverossimilhança de algumas partes era original e engraçado. Isto para não falar das frases-feitas, sobretudo da autoria de Barney, que se tornaram icónicas, em parte muito graças ao advento das redes sociais e dos chamados memes ("challenge accepted", "true story", "legend...wait for it... dary", entre outras). As primeiras duas temporadas foram muito boas mas, com o tempo, a qualidade foi-se desvanecendo. À volta da sétima temporada, já deixara de ter piada, passara a ser pura e simplesmente imbecil. Estive muitas vezes perto de deixar de segui-la completamente. Só não o fiz porque, que diabo, queria conhecer a Mãe! Assim, ia assistindo só a um ou outro episódio, só mesmo para não perder o fio à meada no que tocava à principal (?) trama da série.
Se, na altura, soubesse que a Mãe teria direito a pouquíssimo tempo de antena, que acabaríamos por saber menos sobre ela que sobre outras namoradas do Ted, como Victoria (uma das minhas preferidas, no primeiro ano, bem entendido), Stella e a inútil Zoey, que morreria no final, que toda a esta história era apenas Ted pedindo aos filhos permissão para namorar com Robin, teria desistido da série há muito tempo. Suponho que devíamos ter desconfiado disto mais cedo. Já se suspeitava há algum tempo que a Mãe morreria no final. Sabia-se que a cena final da série tinha sido filmada durante o segundo ano, mais coisa menos coisa, mas a atriz que faz de Mãe só foi escolhida no ano passado. Mesmo assim, acho que ninguém previu esta malfadada reviravolta.
Eu até poderia aceitar este desfecho no fim da terceira, quarta, quinta, mesmo sexta temporada, altura em que havia boa química entre os atores, em que ainda não haviam enrolado a história deles até ao enjoo e ainda não haviam imbecilizado completamente o tom da série. Mesmo agora, podiam perfeitamente ter excluído a anteriormente filmada cena final, mesmo mantendo a morte da Mãe. Podia ter acontecido o mesmo que aconteceu a House: mesmo que a qualidade tivesse decrescido nos últimos anos, o final encerrou a série devidamente, permitindo-nos recordá-la pelos bons momentos. Ainda que as comparações não sejam assim tão legítimas (afinal, a premissa de HIMYM era mais complicada que o habitual), com How I Met Your Mother, em vez disso, fica a sensação de que os guionistas andaram a gozar com a nossa cara desde o primeiro momento.
Em suma, só tenho uma coisa a dizer: How I Met Your Mother, my ass!
Esta é outra série que venho seguindo há uns anos. Já falei dela aqui no blogue em duas ocasiões (aqui e aqui). Este último ano foi, na minha opinião, o pior de Bones, com a série a revelar um claro desgaste. Não se poderia esperar muito mais no nono ano da série mas, mesmo assim, houve coisas que poderiam ter sido melhoradas. A morte de Peleant veio demasiado tarde (um problema herdado da temporada anterior), a história da serial killer foi mal explorada, o caso da corrupção do FBI até era interessante, devia era ter sido um dos principais arcos narrativos da temporada, em vez de se confinar, praticamente, ao último episódio. Isto tudo intercalado com episódios aborrecidos, vários deles gritantemente formulaicos (sou capaz de apostar que os guionistas tinham um modelo pré-fabricado, em que, para além do caso da semana, inseriam um novo problema para o casal Brennan-Booth, facilmente resolvido, e um arco irrelevante envolvendo um dos estágiários para cada novo episódio), em que se contam os bons momentos pelos dedos de uma mão.
Um dos poucos pontos fortes desta temporada é a clara evolução do carácter de Temperance, muito mais aberta ao seu lado menos racional (ainda que com algumas incoerências). O casamento e tudo o que o antecede é um exemplo óbvio, mas existem outros. O ataque de histeria nos momentos finais do último episódio seria inconcebível para a personagem há alguns anos; ao mesmo tempo, adequa-se a alguém que ainda não está habituada a lidar com emoções fortes.
A verdade é que Bones devia ter terminado com o muito aguardado casamento entre Brennan e Booth (um dos melhores episódios desta temporada), pois não parece ter ideias para muito mais. Como tal, não me vou dar ao trabalho de acompanhar a décima temporada da série. Provavelmente só verei um ou outro episódio, e mesmo assim. Na minha opinião, Bones já deu o que tinha a dar - o que, mesmo assim, não foi pouco.
24 foi uma das primeiras séries que acompanhei, se bem que apenas a partir da quarta ou quinta temporada - nunca vi os primeiros anos da série. O seu conceito único, com a edição das imagens muito característica. o relógio, o protagonista Jack Bauer (um dos meus heróis de ação preferidos) e a parceira Chloe O' Brien, com o seu constante beicinho, algumas das deixas típicas tornaram a série num ícone para mim e uma das minhas maiores fontes de inspiração nos anos em que eu dava os meus primeiros passos na escrita de ficção. Só me apercebi das saudades que tinha dela quando, quatro anos depois, 24 regressou para uma meia temporada nova, sediada em Londres.
Tirando um aspeto ou outro (por exemplo, as premissas iniciais trouxeram ecos de Homeland), esta temporada extra de 24 não desapontou. Achei a primeira vilã brilhantemente retorcida. Gostei do Presidente "desta temporada". Fiquei de coração partido com a morte de uma personagem importante. E deu-me um gozo imenso ver Jack Bauer de novo em ação, depois de todos estes anos.
Parece que 24 (ainda) não fica por aqui. Ouve-se falar, de novo, num filme que ate as pontas que ficaram soltas no final de Live Another Day. Eu preferia uma nova temporada da série: o filme, para mim, só resultaria se mantivessem o relógio e a edição de imagem, o que não sei se será possível. De qualquer forma, um dia destes vou ver a série do princípio ao fim a ver se, entre outras coisas, esta me dá inspiração para o meu quarto livro.
Eu sei que, anteriormente, tinha falado de Homeland e Anatomia de Grey. Em relação à última, eu já tinha dado a entender que ia deixar de segui-la e foi o que aconteceu. Desta última temporada, só vi três ou quatro episódios, e isto em alturas em que não tinha melhor para fazer. Homeland, por sua vez, sofreu uma queda vertiginosa em termos de qualidade, pelo que desisti ainda a temporada não devia ir a meio (e visto que esta era apenas de doze episódios, fartei-me relativamente depressa) e não é provável que a retome.
Foi assim a última temporada de séries, pela parte que me toca. A nova já começou e ainda bem - andava com mais saudades de ter episódios novos todas as semanas do que estava à espera. Estou aqui em pulgas para ver o novo de The Good Wife. Não sei se começarei a ver alguma série nova este ano, mas é pouco provável pois não gosto de acompanhar muitas séries ao mesmo tempo. Em todo o caso, espero que este novo ano que agora começa nos traga coisas positivas nas séries que vejo, com destaque para Once Upon a Time, Arrow e The Good Wife.
Comecei a ver How I Met You Mother pois, além de trazer ecos de Friends, o conceito de história contada oralmente, com as naturais incoerências, avanços e recuos no tempo, inverossimilhança de algumas partes era original e engraçado. Isto para não falar das frases-feitas, sobretudo da autoria de Barney, que se tornaram icónicas, em parte muito graças ao advento das redes sociais e dos chamados memes ("challenge accepted", "true story", "legend...wait for it... dary", entre outras). As primeiras duas temporadas foram muito boas mas, com o tempo, a qualidade foi-se desvanecendo. À volta da sétima temporada, já deixara de ter piada, passara a ser pura e simplesmente imbecil. Estive muitas vezes perto de deixar de segui-la completamente. Só não o fiz porque, que diabo, queria conhecer a Mãe! Assim, ia assistindo só a um ou outro episódio, só mesmo para não perder o fio à meada no que tocava à principal (?) trama da série.
Se, na altura, soubesse que a Mãe teria direito a pouquíssimo tempo de antena, que acabaríamos por saber menos sobre ela que sobre outras namoradas do Ted, como Victoria (uma das minhas preferidas, no primeiro ano, bem entendido), Stella e a inútil Zoey, que morreria no final, que toda a esta história era apenas Ted pedindo aos filhos permissão para namorar com Robin, teria desistido da série há muito tempo. Suponho que devíamos ter desconfiado disto mais cedo. Já se suspeitava há algum tempo que a Mãe morreria no final. Sabia-se que a cena final da série tinha sido filmada durante o segundo ano, mais coisa menos coisa, mas a atriz que faz de Mãe só foi escolhida no ano passado. Mesmo assim, acho que ninguém previu esta malfadada reviravolta.
Eu até poderia aceitar este desfecho no fim da terceira, quarta, quinta, mesmo sexta temporada, altura em que havia boa química entre os atores, em que ainda não haviam enrolado a história deles até ao enjoo e ainda não haviam imbecilizado completamente o tom da série. Mesmo agora, podiam perfeitamente ter excluído a anteriormente filmada cena final, mesmo mantendo a morte da Mãe. Podia ter acontecido o mesmo que aconteceu a House: mesmo que a qualidade tivesse decrescido nos últimos anos, o final encerrou a série devidamente, permitindo-nos recordá-la pelos bons momentos. Ainda que as comparações não sejam assim tão legítimas (afinal, a premissa de HIMYM era mais complicada que o habitual), com How I Met Your Mother, em vez disso, fica a sensação de que os guionistas andaram a gozar com a nossa cara desde o primeiro momento.
Em suma, só tenho uma coisa a dizer: How I Met Your Mother, my ass!
Esta é outra série que venho seguindo há uns anos. Já falei dela aqui no blogue em duas ocasiões (aqui e aqui). Este último ano foi, na minha opinião, o pior de Bones, com a série a revelar um claro desgaste. Não se poderia esperar muito mais no nono ano da série mas, mesmo assim, houve coisas que poderiam ter sido melhoradas. A morte de Peleant veio demasiado tarde (um problema herdado da temporada anterior), a história da serial killer foi mal explorada, o caso da corrupção do FBI até era interessante, devia era ter sido um dos principais arcos narrativos da temporada, em vez de se confinar, praticamente, ao último episódio. Isto tudo intercalado com episódios aborrecidos, vários deles gritantemente formulaicos (sou capaz de apostar que os guionistas tinham um modelo pré-fabricado, em que, para além do caso da semana, inseriam um novo problema para o casal Brennan-Booth, facilmente resolvido, e um arco irrelevante envolvendo um dos estágiários para cada novo episódio), em que se contam os bons momentos pelos dedos de uma mão.
Um dos poucos pontos fortes desta temporada é a clara evolução do carácter de Temperance, muito mais aberta ao seu lado menos racional (ainda que com algumas incoerências). O casamento e tudo o que o antecede é um exemplo óbvio, mas existem outros. O ataque de histeria nos momentos finais do último episódio seria inconcebível para a personagem há alguns anos; ao mesmo tempo, adequa-se a alguém que ainda não está habituada a lidar com emoções fortes.
A verdade é que Bones devia ter terminado com o muito aguardado casamento entre Brennan e Booth (um dos melhores episódios desta temporada), pois não parece ter ideias para muito mais. Como tal, não me vou dar ao trabalho de acompanhar a décima temporada da série. Provavelmente só verei um ou outro episódio, e mesmo assim. Na minha opinião, Bones já deu o que tinha a dar - o que, mesmo assim, não foi pouco.
24 foi uma das primeiras séries que acompanhei, se bem que apenas a partir da quarta ou quinta temporada - nunca vi os primeiros anos da série. O seu conceito único, com a edição das imagens muito característica. o relógio, o protagonista Jack Bauer (um dos meus heróis de ação preferidos) e a parceira Chloe O' Brien, com o seu constante beicinho, algumas das deixas típicas tornaram a série num ícone para mim e uma das minhas maiores fontes de inspiração nos anos em que eu dava os meus primeiros passos na escrita de ficção. Só me apercebi das saudades que tinha dela quando, quatro anos depois, 24 regressou para uma meia temporada nova, sediada em Londres.
Tirando um aspeto ou outro (por exemplo, as premissas iniciais trouxeram ecos de Homeland), esta temporada extra de 24 não desapontou. Achei a primeira vilã brilhantemente retorcida. Gostei do Presidente "desta temporada". Fiquei de coração partido com a morte de uma personagem importante. E deu-me um gozo imenso ver Jack Bauer de novo em ação, depois de todos estes anos.
Parece que 24 (ainda) não fica por aqui. Ouve-se falar, de novo, num filme que ate as pontas que ficaram soltas no final de Live Another Day. Eu preferia uma nova temporada da série: o filme, para mim, só resultaria se mantivessem o relógio e a edição de imagem, o que não sei se será possível. De qualquer forma, um dia destes vou ver a série do princípio ao fim a ver se, entre outras coisas, esta me dá inspiração para o meu quarto livro.
Eu sei que, anteriormente, tinha falado de Homeland e Anatomia de Grey. Em relação à última, eu já tinha dado a entender que ia deixar de segui-la e foi o que aconteceu. Desta última temporada, só vi três ou quatro episódios, e isto em alturas em que não tinha melhor para fazer. Homeland, por sua vez, sofreu uma queda vertiginosa em termos de qualidade, pelo que desisti ainda a temporada não devia ir a meio (e visto que esta era apenas de doze episódios, fartei-me relativamente depressa) e não é provável que a retome.
Foi assim a última temporada de séries, pela parte que me toca. A nova já começou e ainda bem - andava com mais saudades de ter episódios novos todas as semanas do que estava à espera. Estou aqui em pulgas para ver o novo de The Good Wife. Não sei se começarei a ver alguma série nova este ano, mas é pouco provável pois não gosto de acompanhar muitas séries ao mesmo tempo. Em todo o caso, espero que este novo ano que agora começa nos traga coisas positivas nas séries que vejo, com destaque para Once Upon a Time, Arrow e The Good Wife.
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