terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Era Uma Vez/Once Upon a Time


As histórias clássicas conhecem uma reviravolta surpreendente em "Era Uma Vez", explorando um lado nunca antes visto. Os guionistas Edward Kitsis e Adam Horowitz ("Perdidos") convidam o espectador a conhecer de perto um conto de fadas moderno com reviravoltas emocionantes e traços de obscuridade, pleno de assombro e da magia própria das histórias mais queridas da nossa infância.

Comecei a ver esta série no início da temporada televisiva, por curiosidade e, até agora, estou a gostar. O AXN passou a primeira temporada ao longo do outono e agora, há poucas semanas, começou a passar a segunda temporada.

Aquilo que me mais me atraiu em Era Uma Vez quando comecei a vê-la foi o facto de ser diferente do tipo de séries a que estou habituada. Não é uma série infanto-juvenil mas tem aquele espírito muito típico dos contos de fadas, magia, fantasia, romance, mistério. Constituiu uma lufada de ar fresco numa altura em que começo a ficar saturada das outras séries.

Como já foi mencionado acima, os guionistas de Era Uma Vez são os mesmos de Lost. As semelhanças entre as duas séries são evidentes. Em Lost, tínhamos pessoas perdidas numa ilha, à procura de uma maneira de regressar a casa. Em Era Uma Vez temos habitantes da terra dos contos de fadas perdidos em Storybrook, no mundo real - este conceito dos mundos/dimensões paralelas, mais os respetivos portais, recorda o Digimon - também desejando regressar ao seu mundo. Temos de novo uma mecânica de flashbacks, de alternância entre o "antes" e o "depois", de modo a conhecermos as personagens, o que as move. O facto de, na primeira temporada, as personagens de Era Uma Vez não se recordarem das vidas passadas traz ecos da última temporada de Lost. Por fim, em ambas as séries é o amor que faz com que as personagens se recordem de quem são - se bem que este processo seja bem mais emocionante no lendário final de Lost.

A história de Era Uma Vez demora bastante tempo a arrancar. A primeira temporada tem vários episódios circulares, que servem apenas para apresentar as personagens, pouco ou nada avançando na história. Demora algum tempo a ganhar fôlego mas, quando ganha, torna-se viciante. A partir do meio da primeira temporada, a tensão vai crescendo a cada episódio atingindo o clímax no último. Achei este capítulo final da primeira temporada bastante emocionante embora previsível. 


Nesta altura, já vi os três primeiros episódios da segunda temporada de Era Uma Vez. A dinâmica de narrativas alternadas, estilo Lost, mantém-se. A maior diferença, contudo, reside na tensão: incomparavelmente maior, fazendo-nos ansiar pelo episódio seguinte.

É nessa situação que me encontro agora, viciada em Era Uma Vez, curiosíssima relativamente ao que acontecerá com as várias personagens. Sabe bem ter algo por que ansiar, sobretudo agora que Homeland já acabou (publicarei a crítica à segunda temporada depois da exibição do último episódio na televisão portuguesa, para evitar spoilers desnecessários). Do mesmo modo, quando a segunda temporada de Era Uma Vez terminar, falarei disso aqui no blogue. Até lá...

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