Não me recordo da altura exata em que tomei contacto com a banda The All-American Rejects pela primeira vez mas lembro-me como foi. Foi há uns anos quando vi o Behind the Scenes do vídeo para It Ends Tonight, na MTV. Gostei quase de imediato da música. Mais tarde, algures em 2008 ou 2009, o meu irmão tomou contacto com eles, tendo-me falado de Gives You Hell e Real World que, inclusivamente, faria parte da banda sonora de uma série qualquer - mas não consigo descobrir qual, nem mesmo pesquisando... Já andava há algum tempo para conhecer melhor a banda, resolvi fazê-lo este ano. Ouvi-lhes toda a discografia. Ainda não ouvi o último álbum deles, Kids On The Street, mas quero comprá-lo assim que puder. Depois de ouvir, certamente escreverei uma crítica para publicar aqui no Álbum.
Gosto da sonoridade pop rock da música deles, das melodias cativantes. Tenho uma mão-cheia de faixas preferidas - Move Along, I Wanna, Damn Girl, Gives You Hell, Another Heart Calls, que deu origem a esta entrada. Gostei, particularmente, do último álbum deles, When The World Comes Down. Estou com grandes expectativas em relação a Kids On The Street. No entanto, tenho sentido uma certa relutância em incluir os All-American Rejects entre as minhas bandas preferidas. Sinto que lhes falta qualquer coisa que os distinga de outras bandas de rock. Os temas estão todos dentro do comum, do politicamente correto - tirando Gives You Hell. Os Green Day têm punk rock rebelde, com ou sem causa. Os Linkin Park têm mistura de estilos musicais com temas emo. Os Sum41 têm punk rock energético, podendo ser, pura e simplesmente, arruaceiro ou abordar temas com que nos podemos identificar. Os Simple Plan têm o punk pop, ainda algo adolescente. Os Paramore têm punk rock adolescente e/ou jovem adulto, com voz feminina. Os Within Temptation têm rock sinfónico, com influências góticas. Estas definições são simplistas, é claro, mas a verdade é que, na minha modesta opinião, aos All-American Rejects falta uma identidade deste tipo, falta um estilo próprio. Tenho esperança, contudo, de que o tenham encontrado em Kids On The Street, que tenham arriscado um pouco mais.
Mas, para já, quero falar do produto da colaboração dos Rejects com a banda The Pierces: Another Heart Calls, uma das minhas preferidas deles.
Say it's true,
I'd never ask for anyone but you
Another Heart Calls é das músicas mais interessantes e originais, pelo menos musicalmente, dos All-American Rejects, pois começa como balada e acaba agitada, dando vontade de abanar o capacete. Além de que gosto bastante de colaborações homem-mulher deste género.
A faixa abre com piano no fundo e notas de guitarra que, apesar de me recordarem os primeiros versos de Incomplete, dos Backstreet Boys, conferem um tom misterioso, etéreo, que se prolonga até ao primeiro refrão, este particularmente emotivo. Destaque ainda para as batidas após o verso "another heart calls", assemelhando-se, precisamente, a batimentos cardíacos.
A faixa ganha um carácter completamente diferente após o fim do primeiro refrão. Surgem batidas fortes e guitarras elétricas, sem que se perca a emoção, que se mantém até ao final. Uma das minhas partes preferidas da faixa são os coros após o segundo refrão: os "whoa-o-o-oh" masculinos e os "la la la" femininos.
A letra da música é muito vaga, inespecífica, deixando adivinhar pouco mais do que um relacionamento com problemas de comunicação, que já passou a fase de lua-de-mel. A emoção está toda no arranjo musical e nas vozes de Tyson Ritter e Allison Pierce.
Não resisto a concluir este texto com um vídeo de uma entrevista que o Tyson deu em conjunto com Avril Lavigne - quem mais? Destaque para os bloopers, no final.
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